Graduada em Ciências Sociais (UNICAMP), especializada em Jornalismo Cultural (PUC-SP), pesquisa a construção de subjetividades a partir da rua, do corpo e dos encarceramentos. Coordenou projetos de arte-educação, com enfoque em ações de rua, no Instituto Espaço Arterial em parceria com equipamentos públicos e ONGs. Integrou o grupo de estudos MOLA - Arte e Tecnologia, coordenado por Fernando Velazquez e Lucas Bambozzi, no qual iniciou sua trajetória artística. Dedica-se ao deslocamento como elemento fundador para a elaboração de instalações, obras sonoras, material audiovisual e performances.

Interessa-se pela errância e pela deriva como procedimento investigativo e transformador e pelas impossibilidades de deslocamento, seja pelo tema das fronteiras nacionais quanto pela privação de liberdades. Dedica-se a observação e coleta de resíduos de pertencimento e à elaboração de corpos de ir. Seu trabalho incorpora narrativas coletadas a objetos, plantas e sementes. Investiga ferramentas e objetos de ver, de escutar e de vir a ser. Atuou por três anos na Travessa Roque Adóglio, em São Paulo, em ações de transformação do território e na geração de novas relações. Tem por objetivo investigar as potencialidades dos encontros, geradores de excessos e produtores de novos sentidos.

Desde 2019, desenvolve pesquisa sobre o corpo encarcerado, assunto desenvolvido durante a residência artística no Espacio de Arte Contemporaneo em Montevideo, dando origem à instalação CUANDO ELLOS DEJARARON DE GRITAR. Este trabalho foi submetido à Décima Convocatória no mesmo espaço e escolhido para integrar a programação de 2020-2021, a ser realizada pós-quarentena.